- Eu tenho fé, eu faço, eu arrisco.
- Eu tenho dúvida, paraliso-me, espero.
- Olha só o tamanho do meu EU, gigante, me imponho, grito.
- Escondo-me, falo baixo, sou corcunda.
- Transpiro a verdade, mesmo se não a tiver.
- Vomito a insegurança e sempre a tenho.
- Tu és um verme, tentas se infiltrar e corroer as pilastras da minha fortaleza.
- Teu peso me esmaga, não tens piedade, és implacável.
- A dúvida é um erro, sempre reclamona.
- Você acha?
- Tenho certeza.
- Eu não paro de pensar, percorro todos os caminhos sem sair do lugar.
- Eu percorro um só e chego lá, nunca paro, não preciso pensar, eu simplesmente vou.
- Lá onde?
- Lá, tu não sentes, não podes entender, não vês, é cego.
- Sou infeliz, sou casmurro, sou Bentinho.
- Sou alegre, sinto nas veias a verdade que me alimenta, sou forte e expressiva, sempre a passear, sou Capitu.
- És uma dissimulada, engana a todos com essa pele macia, mas tua carne por dentro é podre.
- Vives no rancor, na inveja, por lhe faltar o que tenho, de graça, sem correr atrás.
- Que tens, o que é? Conte-me!
- Eu tenho o que eu sou, o sentimento da verdade, da qual ela própria emana, Eu sou a Verdade.
- Sentimento...verdade...Eu não sei o que eu sou.
- Você não é!
- Talvez.
quinta-feira, agosto 30, 2007
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8 comentários:
ainda a procura?
de que? Bem, sempre estou procurando alguma coisa. E não entenda "coisa" apenas materialmente.
vc entendeu errado, quis dizer se ainda procura por ela...
E por que um anônimo se interessaria tanto em saber?
foi só uma brincadeira, deixe de lado...
mas por onde anda ela, ainda procura?
Se eu a encontro e ela não me encontra, eu ainda não chamo isso de um encontro. Um sonho oscilante, diria.
ai, que pedante, era só um joguinho...
Céus, onde há pedantismo nas minhas pobres palavras?
Tenho a leve impressão de que ela está mesmo em Vênus.
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