-Como você definiria Curitiba?
-Eu a definiria como a cidade das aparências. Aqui o essencial é o inessencial.
-Por que veio para cá? Outro dia mesmo você me disse que busca o que há de mais profundo nas coisas.
-Ainda penso assim.
-Não entendo.
-É simples. Se eu estivesse em um lugar onde o essencial estivesse sobre as aparências, eu o encontraria com facilidade.
-Não seria melhor?
-Evidente que não.
-Por que?
-Uma vez que o encontrasse, iria me entediar.
-Então, por que busca?
-Ué, se não buscar, também vou me entediar.
-Deixe-me ver se entendi. Precisa buscar algo que nunca gostaria de encontrar?
-Exatamente assim.
segunda-feira, junho 04, 2007
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3 comentários:
Curitiba pode ser como Eros: uma procura sem fim de um tudo que, nem na ilusão, poderia ser nada...
É mais ou menos como realizar o sonho da infância... Depois disso a gente pode até morrer. O que dá sentido à vida é a busca.
Nem sei se dá sentido, mas enquanto você busca, você tem pelo menos algo para fazer. Dá um sentido no sentido (sic) de direção.
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