quinta-feira, janeiro 22, 2009

Quem quer reconhecimento não quer novidade

Quanto maior a necessidade de reconhecimento, 
menor o potencial criativo, o que não significa que serás 
efetivamente menos criativo que fulano caso sua necessidade 
de reconhecimento seja maior que a dele. Entre potência e ato
concorre vários fatores. É óbvio, no entanto, que a necessidade
de reconhecimento favorece a parciomônia e desencoraja assumir
riscos. Este último enunciado pode não ser tão correto se a sua 
necessidade de reconhecimento se satisfaz pelo reconhecimento de
uns poucos, conforme, é claro, este poucos sejam selecionados. 
Se, no entanto, ela demanda o reconhecimento do maior 
número possível de pessoas, então fatalmente a parcimônia será 
adotada como meio e os riscos serão evitados. Nesta situação, 
a criatividade não fica impossibilitada, mas é severamente 
prejudicada e empobrecida. Pode-se dizer que o seu potencial total
é sensivelmente abatido. O novo dificilmente emerge se a sua 
busca é regulada pela convergência. 

2 comentários:

Caminhante disse...

Nunca havia pensando nisso, de reconhecimento e novidade serem antônimos. Mas concordo. E vivo exatamente isso, por estar sempre em busca de novidades.

Marcely Costa disse...

Mas não acontece o mesmo em literatura, eu acho. O meio acadêmico tudo bem, é a coisa mais artificial de todos os tempos, nem kissuco de uva é tão artificial.
Em literatura se você não acrescentar nada novo, não faz sentido. Pelo menos ao meu ver...