quarta-feira, setembro 13, 2006

Tempo

Quando estava ocioso, o tempo não passava e, nesses momentos de tédio, era como se a vida estivesse congelada. O nó na garganta que chamamos de "angústia" é, em alguns casos, causado por essa paralisia vivencial, por essa percepção de que só a identidade reina absoluta no mundo, livre de qualquer mudança. Agora, atarefado, o tempo passa ligeiro. Mas, de maneira semelhante, às vezes também dá sensação de uma vida congelada. É tanta coisa para se fazer que a vida mesmo parece ficar em modo stand by, como se, de fora para dentro, nos colocassem no piloto automático. Então eu me pergunto. Quando é que realmente vivemos o tempo? Quando o ócio é criativo e quando o amor toca no peito. Só então somos livres para voar.

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