domingo, dezembro 23, 2007
Elizabeth McGovern
Ela debuta em Ordinary People (1980). O filme é muito ruim, eu particularmente não gostei. Um garoto nos seus 16 ou 17 anos entra em crise existencial, apresentando tendências suicidas, após perder o irmão em um acidente de barco. Sente-se culpado por não ter conseguido ajudá-lo. O tempo inteiro tive vontade de entrar no filme com uma corda para finalizar com o choramingo do menino: tome, enforque-se logo! Mas não é do chato que eu quero falar. É dela, é só por ela que eu assisti até o final, mesmo sendo uma personagem secundária. Vocês sabem o que é se apaixonar literalmente pela imagem, pela visão, pelo que a pessoa tem de mais externo? Pois é, confesso, vulgarizei-me diante dela, caí de quatro. Não resisti aos seus olhos de lince, aos cabelos curtos, à voz meiga, às roupas escolares, oh sim, quase um ataque pedófilo, fui completamente abatido pelo desejo de olhar. E por favor, não me venham com links de fotos atuais dela, eu não me apaixonei por ela, nem por ela com os seus 20 anos, antes ou depois do filme, mas exatamente por ela assim, neste filme, nessa personagem, nesta cena, com esse olhar, apaixonei-me por uma aparição única e instantânea sua que a fotografia e o cinema congelaram para mim no eterno. Claro que uma paixão assim, sensual, visual, perceptiva, só é saudável se completamente fugaz. Oh sim, já passou, mas fica aí o tributo à beleza da moça.
Alfredo me acotovelando aqui: "que beleza de mãos!". Certo...certo.
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