A constatação de que estamos acostumados à secura do curitibano veio quando, ao entrar no restaurante do hotel em Pouso Alegre para tomar café da manhã, nos sentimos surpreendidos com a chuva calorosa de "bom dia" que nos foi dirigida. Eu e ela ficamos visivelmente atrapalhados, já não esperávamos por isso. E mesmo apreciando a casmurrice curitibana na sua discrição, no seu bom gosto em não querer saber demais da vida alheia, eu sinto falta sim de um alegre "bom dia", e me ofendo quando dou um e sequer sou respondido. Ir a BH ou a qualquer lugar de Minas me faz lembrar o quão agradável é começar o dia assim.
E quão surpresa e feliz não ficou a minha namorada quando, saindo pelo portão da casa de minha mãe, chegou-lhe nos tímpanos o desabafo: "mas que cabelo bonito, moça, quero pintar o meu assim também!". Era o motorista do caminhão de lixo que, com toda a simplicidade e sem nenhuma malícia, soltava alegre, de sorriso banguelo, o efeito que lhe imprimia nas vistas o cabelo cherry bombado da minha namorada.
Mas pára por aí. Não muito mais que o seu povo me agrada em BH, já o disse outras vezes. Lembro agora do e-mail que meu tio enviou ao governador sugerindo que a capital fosse transferida para Curvelo. A idéia era resgatar a BH pacata e até fria dos anos 60. Depois, na viagem de volta, eu e a Marcely tivemos a idéia de entrar com um projeto no congresso, pleiteando a mudança da capital do Paraná para BH e a de Minas para Curitiba, obrigando todos os curitibanos a se mudarem num prazo de até 2 anos para BH e os mineiros de BH para cá. Mas como eu sei que dificilmente chegaremos a viver no melhor dos mundos possíveis, fico aqui só sonhando em quão Curitiba ficaria *das mais estribada* se recheada de mineiros.
segunda-feira, julho 21, 2008
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2 comentários:
Apoiado! \o/
Ai, meu deus, vou ter que arranjar um transporte pros meus livros, que sem eles, não vou!
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