sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Richard Wagner


Eu recomendo Richard Wagner para quatro moléstias hodiernas da alma: tédio, angústia, depressão e falta de amor próprio. Simplesmente não há como não se exaltar, não elevar o ânimo com as trombetas wagnerianas. Tannhäuser para os deprimidos e sem amor próprio. Acompanhem o nosso herói medieval, sintam sua fúria, sua persistência, sua resistência, sua invejável vontade de poder, de viver, de sobreviver. Deixem-se contaminar por ele, por essa força sobre-humana. Sigam-no. Aos entediados e angustiados, recomendo Das Rheingold; sintam a exuberância do eterno fluxo do Reno, as águas não param, o movimento não cessa, o devir é estrondoso, acordem, acordem, naveguem, mirem a frente, sonhem, vejam, ninfas, gigantes, há de tudo nesse Reno, como podem ficar aí parados? Mexam-se, sigam o ouro do Reno, permitam que sua luz afastem vossas trevas.

Não a toa Nietzsche era fã de Wagner, embora tenha rompido com ele em sua fase ultra-romântica; até a mais insignificante das moscas sente-se imponente ao escutá-lo, permitindo-se, inclusive, o luxo da arrogância. Não lhes exorto a tanto, mas é inegável o tremor que começa no tímpano e penetra na alma o mais fundo possível, vibrando-a por inteiro.

3 comentários:

Raquel disse...

Acho que vou ter que ler os dois, as coisas não andam fáceis, sabe, amigo? Beijo!!! Vê se dá alguma notícia, não some!

Eros disse...

humm...nesse caso é para ouvir, embora haja coisas dele também para se ler. :)

Raquel disse...

hahahahaha!
é, fui procurar na internet e vi... Quanta ignorância! hahaha

=*