Preciso de um único funcionário ou qualquer outra coisa violentável e representativa da Caixa Econômica Federal sobre a qual eu possa despejar de maneira concentrada, focada e com extrema violência e sadismo, sem o menor sentimento de culpa ou remorso, toda a minha ira acumulada ao longo de duas horas estiolantes e irrecuperáveis na tentativa de cancelar um mísero cartão de crédito.
Liguei ao todo 8 vezes. De uma maneira mágica e com profunda coincidência, espantosa até, sempre que lhes anunciava o motivo do telefonema, o cancelamento do cartão, a ligação caia alguns segundos depois. Evidente, a instituição financeira deve ter fortes vínculos com as instâncias divinas, zelosas em manter nas cercanias daquela a ovelha desgarrada e lucrativa.
Qual o motivo? Eu quero. Hã, não entendi. Estou a fim, sacou? Preciso saber o motivo. Veja bem, senhor, senhora ou senhorita do Marketing, das Vendas ou de que setor diabólico for, preste bem atenção e instrua os seus subalternos da telechateação com a minha instrução: quando, ao ser ser interpelado por um motivo, o cliente declarar a sua suprema volição, seu inalienável arbítrio sobre as suas decisões, não tente lhe extrair uma outra motivação marginal, como se estivesse sendo coagido por ela. Esta busca patética e imbecil só vai irritar ainda mais o cliente que agora absorto se vê obrigado a digladiar com uma voz que insiste em não compreender o simples e quase monossilábico "eu quero!".
sexta-feira, janeiro 11, 2008
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Um comentário:
"Porque EU O-DE-I-O A VIVO!!!! NEM DE GRAÇA EU QUERO CONTINUAR COMO CLIENTE DESSA PORCARIA DE OPERADORA!"
Foi assim que eu cancelei. A telefonista ficou sem graça e não insistiu mais.
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