terça-feira, setembro 29, 2009

Da arrogância arbitrária

Quanto menos incertos estão, mais arrogantes ficam, como se a arbitrariedade justificasse a arrogância. Arrogância arbitrária não tem outro adjetivo, é arbitrária e pronto. Agir como se tivesse alguma razão é dar tiro no pé.

Mas quão difícil é para o homem encontrar o meio termo! Quando certos demais, cometem as maiores atrocidades em nome dessa certeza, como se ela os licenciasse. Quando incertos demais, cometem igualmente as mesmas atrocidades, não em nome da incerteza, mas em nome da arbitrariedade que eles vêem agora em qualquer lugar e, assim, justificando qualquer coisa.

quinta-feira, setembro 10, 2009

O eu só se revela pelo enfrentamento

Ainda sinto uma leve descarga de adrenalina toda vez que entro no corredor que me leva à sala 92. Mas pára por aí. Não fico nervoso, não tenho brancos, brinco, sou irônico com os filósofos que não gosto e tudo isso para um público de 40 a 50 alunos. Quando penso nisso, percebo a trivialidade: nunca nos conhecemos realmente até que nos coloquemos nas situações que, em pensamento, acharíamos não enfrentáveis. Deixar-se levar pelo medo é a melhor maneira de afastar-se do conhecimento de si. Contudo, mesmo repetindo-me esta última frase em alto e bom tom, não farei como a personagem da Clarice, não vou tocar na barata não. Esse meu lado eu faço questão de não conhecer. :)